sábado, 19 de março de 2011

Não falarei mal algum



Olá amiguinhos imaginários que acompanham esse blog!

Sei que dei uma abandonada aqui (pra variar), mas sacomé, no Brasil tudo pára no carnaval e eu, como sou brasileira não fugi á regra, viajei, dei uma curtida, peguei um sol e até joguei bola! Agora você deve estar pensando: Ah! Com certeza ela vai meter lenha no carnaval nesse texto.

Bem... Sinto decepcioná-los meus queridos, mas surpreendentemente hoje estou de bom humor, e não vou esculhambar nada. Hoje to relax, o sol ilumina minha face , vejo o passarinho do Twitter pousar sobre meu ombro, a brisa sopra nos meus cabelos (não, não estou usando dorgas)...

Então... Pularam muito carnaval? Ao invés de pular o Carnaval em si, agora vou pular apenas a parte ruim dele desse texto e passar para boa. Pois é, eu Jéssica Soares (que tenho uma crise de identidade por causa da duvida se meu nome tem ou não acento) vejo a parte boa do carnaval!

Só pra começar, tem os feriados. Tem coisa melhor do que a oportunidade de fazer coisa nenhuma? Feriado é bom demais! Não que tenha feito muita diferença para mim, já que eu ainda estava de férias, mas ainda assim, feriado é muito bom!

Mas não é só por isso que carnaval é bacana. Eu estava fazendo as contas e provavelmente fui encomendada por essa época de carnaval. Aliás, eu e maioria das pessoas que nascem em novembro. Nesses dias de festas as pessoas esquecem o chefe pentelho, o cunhado que não sai da sua casa, as contas que não param de chegar... Algumas esquecem até do marido/esposa ou namorados [as], e isso que movimenta o mercado de testes de DNA. Olha só quanta coisa boa!

E não é só o mercado de testes de DNA que garante lucros! Os de teste de DST’s, de remédios para sapinho e herpes, os de cerveja, os hospitais especializados (ou não) em acidentes, até o mercado funerário tem lucrado muito, vocês viram aquele acidente com os fios elétricos? Ainda tem a parte educativa do carnaval! As crianças aprendem anatomia vendo de pertinho e em HD até o útero das passistas, graças as suas fantasias educativas, os adolescentes aprendem educação sexual (nem sempre com a parte da educação), os adultos aprendendo que se fuçarem olhando demais pra bunda de outra mulher apanham da que tem em casa, e os idosos... Ah.. Os idosos... Sempre aprendendo que quando eles pensavam que já estava tudo perdido sempre aparece algo pior.

Pois é, sei que disse que não iria esculhambar nada, mas não prometi não é mesmo? Ao menos permaneci na linha “bem humorada”! Mas agora, humor de verdade e carnaval relembrei esses dias no livro Orgias de Fernando Verissimo. Recomendo de verdade, e quem quiser é só comprar ou clicar aí embaixo que vai redirecionar você para poder baixar. É curtinho, umas 50pag, mas de muito humor. Vale a pena!

Então é isso! Feliz carnaval atrasado! E como conselho só os de sempre: Se beber não dirija, sexo só com camisinha, pular no trio apenas sem papel laminado ou água, cuidado com os terremotos no Japão e não se esqueça, se você não tivesse bebido ele/ela talvez não parecesse tão bonito assim!

Até a próxima!

quinta-feira, 3 de março de 2011

Coerção Social




Você sabe o que é coerção?
Não?! É isso que dá usar suas aulas de sociologia para jogar Guitar Hero no celular, paquerar o bonitinho da turma, ou compensar a noite que passou assistindo RedTube cochilando na aula. Se tivesse prestado atenção, não estaria agora com essa cara de tonto lendo isso e pensando: Nossa! Como ela sabe disso?
Segundo o grande oráculo, aquele que tudo sabe, o conhecedor de todas as coisas (não, dessa vez não estou falando de Deus), o grande mestre, Wikipédia:
- Coerção é o ato de induzir, pressionar ou compelir alguém a fazer algo pela força, intimidação ou ameaça.
Logo, coerção social, é o poder da sociedade de induzir as pessoas a agirem de acordo com seus princípios. Agora você deve estar pensando: Ah, isso é bobagem, eu sou independente, não sou um fantoche da sociedade.
Engano seu, meu amigo! Duvida? Então, porque você usa roupas? Porque você não resolve trocar o real pelo dinheirinho do Banco Imobiliário? Porque você vota? Por quê? Por quê? Por quê?
Parou para pensar não é mesmo? Muito bem! Continue assim! Agora, raciocine comigo. Você já parou para observar como as pessoas estão cada vez mais “parecidas”. Todos ouvem as mesmas musicas, assistem às mesmas novelas, se vestem sempre com o mesmo tipo de roupa, tem o mesmo pensamento alienado. E por quê? Pois a sociedade tem esse poder. Todos os dias somos bombardeados de mensagens (disfarçadas ou não) mostrando como devemos agir, o que temos que fazer para nos encaixar, o que não devemos fazer para não sermos REBELDES, LOUCOS, INCONSEQUENTES. Eu mesma sofro coerção na minha própria casa, pois enquanto tenho de aturar forró e swingueira no volume máximo todos os dias, quando coloco blues ou rock tenho que ouvir apenas no meu quarto, sem poder aumentar o volume, senão minha mãe briga e desliga (sim, isso é uma denuncia!).
Mas você já parou para pensar quem decide o que é certo ou errado? Quem resolveu que se você tiver tatuagens você não é responsável e não merece arranjar emprego? Quem decidiu que o certo é se formar, arranjar um emprego, casar e ter filhos? Quem decidiu que se você ouve rock, é um drogado? Ou se você é inteligente, não tem vida social? Quem ordenou que é preciso ser magra para ser bonita? E meu Deus, por favor, responda quem foi que teve a idéia de que ouvir “eu não, quero não, minha mulher não deixa não” era algo legal a se fazer?
Você já parou para pensar nisso? Pois pense! Tente observar ao seu redor tudo que a sociedade nos obriga a ser. Não que agora você deva andar pelado, entrar para uma tribo hippie (nada contra os hippies), ou tentar implantar uma anarquia e não dar a mínima para nada. Calma! Lembre-se que é importante respeitar os outros. Mas a partir de hoje, esqueça todos os rótulos, o preconceito, os tabus. Liberte-se dessa lavagem cerebral! Viva de um jeito que lhe deixe feliz, sem destruir ninguém (nem você mesmo). Pois você não precisa fazer Medicina para ser rico, nem morrer de fome para ficar magra, ou usar as roupas da moda, nem ouvir essas “musicas” sem conteúdo de hoje.
Não seja apenas um objeto pré-moldado. Seja você mesmo! Pense, observe! Tire suas próprias conclusões sobre a vida, não deixe seu cérebro dentro de um pote, deixando os outros pensarem por você.
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PS¹: Tema sugerido por Raul Bonfim, que faz Ciências Sociais na UFPI. Espero que tenha gostado, fiz o melhor que pude, eu acho.
PS²: [Infelizmente] não estou recebendo absolutamente nada com toda essa propaganda no texto, mas se alguém quiser pagar, fique a vontade. Mas se não gostou e quiser me processar, faz isso não, quase ninguém lê isso mesmo.